A estação de São Bento foi construída no início do Séc.XX e nasce da vontade de ligar as regiões de Douro e Minho, nomes esses que se podem ver no tecto do edifício.
O espaço que agora ocupa foi anteriormente um convento de monjas beneditinas, o Convento de S. Bento de Avé Maria, do qual conservou o nome. Este novo edifício, com cobertura de vidro e ferro fundido, foi projectado pelo arquitecto portuense José Marques da Silva, o qual influenciou outros edifícios icónicos de toda a cidade.
A estação de S. Bento é inspirada na parisiense Gare D'Orsay, e foi enriquecida com os 20.000 azulejos de Jorge Colaço.
Os azulejos ilustram a evolução dos transportes e representam cenas do quotidiano do Douro e Minho, nomeadamente uma procissão, uma feira e um mercado. Entre as ilustrações mais importantes estão alguns momentos chave na história do Portugal.
No lado norte o primeiro painel, inferior, mostra uma das lendas da fundação de Portugal em que Egaz Moniz se apresenta ao rei de Castela em pagamento de uma promessa quebrada. O painel superior mostra o torneio de arcos de Valdevez, que originou o tratado de Zamora e que definiu as fronteiras entre Portugal e Espanha em 1143.
No lado Sul estão as representações da segunda dinastia de Portugal, no painel superior está retratado o casamento celebrado na Sé Catedral portuense, de D. João I de Portugal com D. Filipa de Lencastre, e no painel inferior a representação da conquista de Ceuta pelo príncipe portuense Infante D. Henrique, filho de D. João I, nascido na antiga alfândega do Porto, hoje Casa Museu do Infante.
Actualmente é considerada uma das mais belas estações do mundo.