Inicialmente designado por Museu Portuense em 1833 durante o cerco do Porto por D. Pedro IV. Com forte ligação à academia portuense de belas artes levando a um fortalecimento da relação entre a instituição e o ensino artístico.
O Museu Nacional de Soares dos Reis está sediado no antigo Palácio dos Carrancas, que foi propriedade de Moraes Castro. O apelativo nome é-lhe emprestado pela alcunha da família que o mandou construir no final do século XVIII como habitação e fábrica.
Durante a sua vida o palácio foi residência oficial do general Soult, duque de Wellington e general Beresford durante as guerras peninsulares. Mais tarde foi durante 4 meses quartel-general de D. Pedro IV, tendo sido abandonado por causa da forte exposição aos canhões absolutistas em Gaia, quando o rei vai para a rua de Cedofeita. Incapazes de manter a residência, os Moraes Castro vendem o edifício a D. Pedro V para ser a residência real do Norte. Finalmente, D. Manuel II doa o edifício à santa casa para que lá se construa um hospital.
O Museu Soares dos Reis é o primeiro museu público de arte do país e a história do seu acervo começa com o espólio recolhido dos extintos mosteiros fora do Porto, guardados no então mosteiro de santo António em São Lázaro. Passa ainda pela academia de Belas-artes, onde começa a sua colaboração com as instituições de ensino. Com as reformas da república após 1910 o museu recebe o nome do célebre autor Soares dos Reis, primeiro pensionista do estado em escultura, e o título de museu nacional. Foi oficialmente adquirido pelo estado em 1930 e inaugurado dez anos depois.
Curiosidades: Chegou a ter um velódromo nos jardins do palácio entre o final do século XIX início de XX.